GOVERNO DOS EUA ALTERA GÊNERO DA DEPUTADA ERIKA HILTON PARA MASCULINO EM VISTO NORTE-AMERICANO


A deputada federal Erika Hilton (PSol), uma das primeiras parlamentares trans na Câmara dos Deputados, teve o visto de entrada nos Estados Unidos alterado pelo governo de Donald Trump, que a registrou dentro do gênero masculino. Na gestão passada, em 2023, o documento estava de acordo com sua autodenominação de gênero como mulher.
Segundo a parlamentar, ela precisou tirar o visto para participar do evento Brazil Conference, na Universidade de Harvard e no MIT, no estado de Massachussets, nos Estados Unidos, em missão oficial autorizada pela presidência da Câmara dos Deputados.
Com a emissão do documento, no dia 3 de abril, veio a informação de que a deputada seria do “sexo masculino“. Após o episódio, ela desistiu de embarcar para os Estados Unidos.
O desmanche da diversidade por Donald Trump
Esse é só mais um reflexo das atuais políticas do Governo Trump contra as pessoas trans, que desde sua posse como presidente dos Estados Unidos, já assinou medidas executivas que removem programas de diversidade, equidade e inclusão, entre elas
Proibiu pessoas transgêneras de servir nas forças armadas.
Bloqueou procedimentos de redesignação de gênero para menores de idade
Suspendeu o processamento de solitações de passaporte buscando o marcador de gênero “X”, alegando que só processaria e emitiria passaportes para pessoas que se identifiquem como homens ou mulheres
Posicionamento oficial
Segundo a parlamentar em sua rede social, se trata de “ódio” às pessoas trans “Afinal, os documentos que apresentei são retificados, e sou registrada como mulher, inclusive na certidão de nascimento”, ressaltou Erika.
A parlamentar também mostrou que se trata de um caso diplomático, “Ou seja, estão ignorando documentos oficiais de outras nações soberanas, até mesmo de uma representante diplomática, para ir atrás de descobrir se a pessoa, em algum momento, teve um registro diferente”.