Curso gratuito forma lideranças para transformar periferias com participação popular
Inscrições abertas até 1º de agosto; aulas começam em 25 de agosto e vão até 9 de novembro


Estão abertas as inscrições para o curso gratuito e on-line “Transformação do território das favelas e periferias brasileiras”, uma iniciativa que promete fortalecer a atuação de lideranças periféricas na luta por cidades mais justas e inclusivas. A formação é promovida pela Secretaria Nacional de Periferias do Ministério das Cidades, em parceria com o Centro de Estudos da Favela (CEFAVELA), e conta com apoio da UFABC e da Fapesp.
A proposta é clara: construir saberes a partir das quebradas, conectando experiências concretas de resistência e mobilização com políticas públicas e estratégias de transformação urbana. O curso terá carga horária de 88 horas, com duração de 11 semanas, e começa no dia 25 de agosto, indo até 9 de novembro.
As inscrições vão até 1º de agosto e devem ser feitas através da plataforma Nós Periféricos, no mural de oportunidades:
🔗 https://nosperifericos.gov.br/oportunidade
Uma formação pensada pelas periferias e para as periferias
A ideia é que o curso alcance lideranças comunitárias, integrantes de movimentos sociais, assessorias técnicas, servidores públicos e todas as pessoas que atuam nas bordas da cidade com foco em justiça territorial. A primeira turma terá 200 vagas, com aulas ao vivo às segundas-feiras e atividades semanais complementares.
Entre os temas abordados estão:
História e formação das favelas;
Lógica da urbanização no Brasil;
Criação de políticas públicas para territórios populares;
Metodologias de mobilização comunitária;
Mapeamentos feitos pelas próprias comunidades, como o Mapa das Periferias.
O secretário nacional de Periferias, Guilherme Simões, é um dos nomes confirmados como professor. Segundo ele, “a ideia é fazer com que as favelas deixem de ser vistas como problemas e passem a ser reconhecidas por suas potências, saberes e soluções”.
Educação como ferramenta de luta
A matéria publicada pela Agência Brasil (EBC) destaca que o curso surge em um momento estratégico, com a retomada de políticas públicas para favelas, como o PAC Periferia Viva e o programa Periferia Sem Risco. A expectativa é formar pelo menos 400 pessoas em duas turmas ainda este ano.
Enquanto muitos cursos seguem ignorando as experiências das quebradas, essa formação faz o caminho inverso: parte da favela e volta pra ela com conhecimento aplicado, crítico e transformador.